NBR 14.917 o que mudou?

 19 de maio de 2023. 15:07

Muitos ainda não sabem, mas desde outubro de 2022, a ABNT NBR 14.917:2:2022 (norma técnica brasileira de pisos vinílicos) sofreu algumas alterações importantes, principalmente nos requisitos de resistências à compressão e tração do substrato, obrigatoriedade do uso de argamassas industrializadas, métodos de medição e barramento para vapor de umidade, insumos para instalação e adesivos.

A NBR14.917 é dividida em duas partes: uma se refere ao piso em si (definindo requisitos, características e classes às quais pertencem) e a outra aborda os requisitos mínimos instalação de pisos resilientes (procedimentos para aplicação e manutenção).

Essa norma é essencial para que todos os envolvidos possam seguir as orientações que garantem a segurança, qualidade e uma entrega final sem erros ou problemas indesejados.

Todas as alterações feitas na NBR 14.917 são ressaltadas como fundamentais por Fellipe Scripilliti, Gerente Regional de Vendas Técnicas da MAPEI Brasil. “As mudanças na norma devem ser compreendidas por todos os profissionais que estão envolvidos nos projetos que incluem esse tipo de instalação, isso assegura padrão de qualidade e garante que os consumidores finais tenham um revestimento durável e que atendam suas expectativas”, enfatiza o Gerente, que lista as principais mudanças da NBR 14.917 para ajudar os diferentes profissionais que trabalham com pisos vinílicos a se atualizarem:

Arquiteto

Responsável pela especificação do sistema, do contrapiso ao piso acabado, que deve atender às exigências da Norma, o arquiteto precisa saber que os requisitos de resistências à compressão e a tração mínima do substrato mudaram.

Antes, para as classes de uso 21, 22 e 23, o substrato deveria ter no mínimo 15MPa de resistência a compressão e 20 MPa para classe de uso acima de 31.

Assim, a resistência a compressão mínima agora é de:

Classes de uso 21, 22 e 23 (residencial): >15MPa

Classes de uso 31, 32 e 33 (comercial): >20MPa

Classes de uso 34, 41, 42 e 43 (comercial muito pesado e industrial): >25MPa

Além disso, foram criados requisitos de resistência à tração e obrigatoriedade de barramento de umidade em contrapisos que estão em contato com o solo. É de extrema importância que esses requisitos sejam especificados no projeto para que sejam executados corretamente, evitando recomposições e custos extras desnecessários.

Os parâmetros de resistência a tração mínima são de:

Classes de uso 21, 22 e 23 (residencial): >0,5MPa

Demais classes (comercial e industrial): >1,0MPa (como hospitais, hotéis, escolas indústrias, entre outros)

Engenheiro

Esse profissional também precisa saber das mudanças em relação aos requisitos mínimos do substrato, que citamos acima, pois é imprescindível que o contrapiso seja executado atendendo aos requisitos mínimos de resistências, barramento para vapor de umidade em ambientes térreos e entre outros. E é claro que após a execução deste contrapiso, é preciso certificar-se que se encontre seco para iniciar com a instalação.

Na atualização da norma tivemos mudanças importantes sobre os métodos de medição dessa umidade. Agora consta que as bases constituídas por concreto ou substratos cimentícios devem, de forma geral, possuir cura mínima de 28 dias e teor de umidade residual inferior a 2,5 %, usando o método ASTM D4944 de carbureto de cálcio, ou 75%, usando método da ASTM F2170 de umidade relativa.

Assegure que essa medição sempre seja realizada por empresas capacitadas antes da instalação do piso, para evitar transtornos e prejuízos desnecessários.

Quando o contrapiso e/ou substrato ainda está úmido na hora da instalação, o vapor de umidade pode causar danos no sistema de instalação, fazendo com que o piso sofra descolamentos, bolhas e outras problemas que geram refazimentos.

Aplicador de pisos

O Aplicador é o grande responsável para o sucesso da instalação dos pisos vinílicos. Além de verificar se tudo o que abordamos nos tópicos acima foi realizado corretamente, ele também é responsável por utilizar sistemas adequados e produtos de qualidade que atendam os requisitos da norma.

Nessa atualização, a norma exige que insumos industrializados, que atendam os critérios já mencionados por aqui, sejam utilizados para a regularização do contrapiso. Importante destacar que, foi incluído o uso de adesivos que atendam aos critérios de normas internacionais.

É possível sempre conferir na ficha técnica todas essas informações. Nas embalagens também são destacados os selos que certificam aquele determinado produto, desde sustentáveis, até segurança, desempenho e validade.

Seguir essas exigências garante uma instalação segura, duradoura e de qualidade.

Dono da obra: fique atento!

Quem ganha ou perde caso o piso for bem ou mal instalado é você, por isso, exigir que os profissionais envolvidos no seu projeto cumpram as diretrizes da Norma é fundamental para o bom uso dos seus recursos e uma obra sem transtornos e prejuízos.

Isso assegura garantia e durabilidade na instalação do seu piso.

Na hora de escolher o seu piso, a equipe de instalação e os produtos para realizar a obra, faça uma escolha consciente! Todos os profissionais envolvidos no processo precisam apresentar as certificações e especificações antes de realizar o processo.

Para mais conteúdo sobre as mudanças na NBR 14.917 baixe o nosso e-book clicando aqui.

A MAPEI é especialista em pesquisa e desenvolvimento de soluções que estão em conformidade com os mais diversos requisitos e normas de qualidade nacionais e internacionais

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